Representante sindical do SINPEF/MS concede entrevista ao SINDIPOL/DF
Francisco Lião Carneiro Neto
Representante Sindical em Ponta Porã
Francisco Lião Carneiro Neto tem 31 anos e é Agente de Polícia Federal. Natural de Serrinha/BA é Bacharel em Direito e possui especialização em Segurança Pública. Atualmente, é Delegado Sindical em Ponta Porã no Mato Grosso do Sul e em entrevista ao Sindipol/DF fala um pouco sobre sua trajetória profissional e a situação nas fronteiras brasileiras.
Sindipol/DF – Como surgiu o interesse pela carreira policial?
R: Ainda durante a faculdade por incentivo de um amigo que já era da área.
Sindipol/DF – Como e quando o senhor ingressou na PF?
R: Ingressei por meio do concursa de 2004, mas somente tomei posse em janeiro de 2009.
Sindipol/DF – Onde foi a sua primeira lotação?
R: Ponta Porã/MS
Sindipol/DF – Como foi a sua trajetória para se tornar presidente Delegado Sindical do Mato Grosso do Sul?
R: Quando tomei posse a função estava abandonada e, como já havia sido integrante de diretoria no sindicato da Polícia Civil de Sergipe, resolvi me colocar à disposição para a tarefa, tendo sido reeleito na última eleição.
Sindipol/DF – Em sua opinião, quais são os maiores problemas do DPF hoje?
R: Penso que, além da falta de valorização do policial em si, há um problema bastante sério quanto ao critério "meritocracia". Genericamente, nomeia-se chefe por concurso público sem qualquer tipo de experiência, na grande maioria dos casos. A falta de investimentos tem trazido grandes transtornos. Além de uma política de pessoal inadequada, especialmente no tópico que trata das remoções.
Sindipol/DF – Quais os principais problemas enfrentados nas fronteiras?
R: Hoje temos, na grande maioria das lotações de fronteira, problemas bastante sérios de falta de estrutura, equipamentos adequados, pessoal. A falta de uma política de remoção justa tem criado uma verdadeira fábrica de insatisfeitos, policiais desestimulados, sem perspectiva de poderem voltar para onde desejam. A falta de um incentivo para que o policial permaneça nessas áreas de difícil provimento também tem trazido grande desânimo a todo o efetivo.
Sindipol/DF – Com a reabertura da mesa de negociações no Ministério do Planejamento, como membro da Comissão de Reestruturação Salarial, quais as expectativas a respeito da reestruturação salarial?
R: No momento sabemos que temos conseguido manter um diálogo com o Governo Federal, mas isso tem sido muito pouco diante do que precisamos. A categoria precisa de resultados concretos, algo realmente palpável, o que de fato não tem ocorrido. Sinceramente tenho esperança de que conseguiremos alcançar nosso objetivo maior, que é uma reestruturação salarial digna do que a Polícia Federal merece, mas creio que isso só virá com muita união e luta de toda a categoria.
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