As cartas estão na mesa »
Governo e policiais federais iniciaram na tarde desta sexta-feira, 23, o processo de negociação em torno da reestruturação salarial da categoria. A Federação Nacional dos Policiais Federais e as demais entidades representativas dos servidores da Polícia Federal colocaram na mesa suas propostas. O governo, por sua vez, recebeu o pleito dos policiais e se comprometeu em apresentar uma proposta concreta no dia 5 de maio às 18h.
O presidente da Federação Marcos Wink frisou que a Polícia Federal experimentou perdas salariais ao longo dos últimos anos. “Estamos em desvantagem em relação a outras carreiras”. Wink salientou também que agentes, escrivães e papiloscopistas, além de terem seus vencimentos achatados, também estão contrariados com a proposta de Lei Orgânica enviada pelo governo para o Congresso.
O presidente da Fenapef lembrou ao secretário que, conforme promessa do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, a proposta de Lei Orgânica deveria seguir para o Congresso, acompanhada da tabela salarial, mas esse acordo não foi cumprido.
Uma proposta colocada na mesa foi a implementação, já para este ano, de um índice de reajuste na ordem de 5%. Segundo dados da ADPF, o Departamento teria recursos para arcar com esse aumento. A partir de 2011, os policiais, por conta da readequação na estrutura da carreira, teriam também a continuidade da readequação em sua tabela salarial.
O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier de Paiva Ferreira colocou o posicionamento do governo em não tratar de campanha salarial de categorias no período pré-eleitoral. O secretário, no entanto, admitiu rever a estrutura das carreiras e a partir daí fazer as readequações salariais necessárias. “Não vamos tratar de campanha salarial, vamos trabalhar em cima da readequação da carreira”, frisou Duvanier.
A questão que se impõe a partir de agora é o tempo. O governo tem até o mês de junho para enviar para a Câmara projeto incorporando o que for acordado com os policiais federais no Orçamento de 2011. O prazo curto obrigou o grupo a agendar, já para a primeira semana de maio, uma nova rodada de negociação onde o Planejamento trará uma proposta para os federais.
Fonte: Agência Fenapef
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