POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Fenapef e SINPEF-MS promovem encontro na fronteira com Paraguai

07/10/2010

Fenapef e SINPEF-MS promovem encontro na fronteira com Paraguai Ser policial federal nas fronteiras do país não é uma missão fácil. Os federais que estão nas bordas do Brasil são responsáveis pela primeira linha de combate ao tráfico de drogas, armas e mercadorias. São esses policiais que controlam o vai e vem de brasileiros e estrangeiros e ainda conduzem as investigações que serão o combustível das operações contra criminosos. Muito trabalho. Mas se estes policiais estiverem em Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, terão que se preocupar também em hipótese alguma atravessar a fronteira inadvertidamente. Se isso acontecer, podem ser constrangidos ou presos pela polícia paraguaia. O último episódio aconteceu há exatamente dois meses. Um grupo de policiais paraguaios entrou no Brasil. Os policiais federais foram até o local e por pouco o episódio não caba em tiroteio. Na fronteira do Brasil com o Paraguai são mais ou menos 400 policiais paraguaios de um lado e 30 federais brasileiros do outro. Mas antes de entrar na questão que levou o diretor de Relações do Trabalho da Fenapef, Francisco Carlos Sabino , o secretário geral, João Valderi de Souza e o presidente do Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul, Jorge Luz Ribeiro Caldas a Ponta Porã é preciso conhecer um pouco da realidade dos federais lotados por lá. Ponta Porã tem um efetivo de policiais valorosos. O prédio da Delegacia, como tantos Brasil a fora, está longe de servir de modelo para a tal Polícia Federal do século 21 do diretor-geral Luiz Fernando Correa. O local é pequeno e quando chove as goteiras se tornam parte da paisagem interna. As instalações são insuficientes, o pátio não consegue sequer abrigar todas as viaturas e carros apreendidos e os plantões são feitos por um único policial. O pior é que há um projeto para fazer uma espécie de “puxadinho” na Delegacia. O custo da obra correria por conta de um projeto do governo americano que injetaria alguns milhares de dólares na obra. Ocorre que a PF tem uma área de terra no município que poderia muito bem abrigar um prédio novo da Polícia Federal, mas não há sinais de que isso possa acontecer. CONFLITO – Francisco Sabino, João Valderi de Souza e o Jorge caldas foram a Ponta Porã para buscar uma solução para os constantes problemas ocorridos na fronteira. Desde o último episódio, ninguém do DPF, foi até lá com o Objetivo de construir algum entendimento que facilite o trabalho dos policiais contra o crime. O único que esteve no local foi o Superintendente Regional que pediu "bom senso" aos federais. A Fenapef e o SINPEF-MS colocaram na mesma mesa o diretor da 2ª Zona da Policia Nacional del Paraguay (PNP), Comissário General, Cristobal Jara Soza, o Chefe de Polícia do Departamento de amanbay, Tito Mercedez Nunez, o consul do Brasil no Paraguai, Jairo Callier, o agente federal Francisco Lião Carneiro Neto e outros representantes dos policiais brasileiros. A reunião aconteceu no lado paraguaio. O encontro é o primeiro de um esforço para superar os problemas entre as duas forças policiais. “Queremos ajudar a preservar vidas dos policiais que a qualquer momento podem entrar em confronto por terem entrado no país vizinho”, diz Francisco Sabino. E não é raro ingressar no Paraguai inadvertidamente. Policiais que não estão acostumados à região podem passar batidos pelos marcos que dividem os dois países. Os tais marcos, em muitos casos, estão sem pintura e são difíceis de serem visualizados. Em perseguição a criminosos ou em trabalho de investigação, os policiais podem transpor a linha que divide Brasil e Paraguai e colocar em risco suas vidas. Mas se depender dos policiais brasileiros e dos paraguaios um acordo começa a ser construído. Na reunião ficou acordado que os federais brasileiros que entrarem inadvertidamente no país serão orientados evitando assim constrangimentos ou a prisão dos colegas como já aconteceu. Para pavimentar definitivamente o acordo entre as polícias uma nova rodada de conversações está marcada para o dia 28 de outubro, desta vez em território brasileiro. Para a reunião devem ser convidados representantes do ministério da Justiça, ministério das Relações Exteriores e do Departamento de Polícia Federal. “Vamos construir um encontro entre os policiais que atuam naquela fronteira”, diz o secretário geral da Fenapef, João valderi. Para o diretor de Relações do Trabalho da Fenapef é preciso buscar o entendimento entre as polícias. “Os policiais federais brasileiros, muitos ainda novos no DPF, estão na fronteira prestando relevantes serviços ao país e não podem ficar jogados a sua própria sorte sem que o DPF haja na busca de um entendimento”, frisa. O presidente do SINPEF-MS, que esteve sempre na defesa dos policiais federais brasileiros nos episódios corrridos na fronteira, acredita que este possa ser um primeiro passo para a solução dos impasses que ocorrem na região. "Estamos trabalhando para evitar que os colegas lotados em Ponta Porã possam exercer suas atividades com tranquilidade". Fonte: Agência Fenapef

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais