POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Operação Posse começa mal »

30/12/2010

Operação Posse começa mal » O diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa encerra com chave de ouro sua desastrosa gestão frente ao Órgão ao deixar mais de 300 policiais federais, que trabalharão na Operação Posse, em Brasília, confinados na Academia Nacional de Polícia desde o dia 27 de dezembro. Os policiais não receberam qualquer orientação sobre a operação, estão amontoados nos alojamentos da ANP onde fazem todas as refeições e ainda por cima deveriam receber meia diária que até agora não foi paga. Só para lembrar, a Operação Posse vai garantir a segurança da presidente eleita Dilma Rousseff e de dezenas de chefes de estados que estão na Capital Federal no dia 1º de janeiro. Planejar a logística para recepção dos policiais que trabalharão numa operação este naipe não deve ser uma das coisas mais difíceis do mundo. Desde sempre se sabia que haveria eleição este ano, que alguém seria eleito e que um esquema de segurança seria montado. Mas como tudo no DPF parece não seguir uma lógica normal, a tal operação já começou capenga. Em outubro um policial foi designado para levantar os custos de hospedagem dos policiais federais em hotéis. Realizado o trabalho, três hotéis da Asa Sul se habilitaram em receber os policiais a um custo em torno de R$ 60,00 por pessoa com café da manhã. O trabalho, no entanto, foi descartado pelo DPF que optou em colocar os colegas na ANP. Em quartos sem ventilação estão dormindo entre 4 e 6 policiais federais que ficam confinados às dependências da Academia já que não há transporte disponível para eles. Pela manhã um café ao custo de R$ 15,00 o quilo fica disponível aos policiais. Almoço e janta também são “adquiridos” no restaurante da academia. Os policiais também estão submetidos a um regime militarista. Normas fixadas no local dizem como cada um deve se vestir, se portar e até mesmo a hora de dormir. Um cálculo simples revela que a ANP cobra a diária mais cara de Brasília em termos de hospedagem. Como o alojamento comporta até seis policiais a média de custo da hospedagem, levando em conta que o policial recebe apenas meia diária, é de R$ 600,00. No hotel Carlton, por exemplo, na promoção de final de ano um apartamento duplo com café da manhã poderia ser locado por R$ 150,00, ou seja, R$ 75,00 por pessoa. MISSÃO – Mas tirando a improvisação na hospedagem dos policiais, outro fato que preocupa é a falta de consideração com os servidores designados para a missão. Confinados na Academia desde segunda-feira, eles foram reunidos no auditório numa espécie de reunião para acalmar os ânimos na terça. Qual não foi a surpresa quando um delegado frisou que determinadas queixas poderiam gerar um PAD já que o grupo estava dentro de uma instituição de ensino policial. Piada. Somente hoje, 29, um delegado federal se apresentou se dizendo coordenador da operação e deu início ao que parece ser os trabalhos. Na manhã desta quarta-feira o diretor de Relação do Trabalho da Fenapef, Francisco Sabino, esteve na ANP onde conversou com o coordenador da operação Posse e pode sentir a revolta dos policiais. “Nas operações realizadas Brasil afora, o DPF trata seus policiais de forma indigna, exemplos disso são as operações Upatakon, a Operação nos Jogos Pan Americanos e outras menos importantes”. Sabino ressalta que este tipo de conduta só não compromete a operação em razão da competência e da experiência dos policiais envolvidos. “Ao agir desta forma o diretor-geral que está se aposentando revela uma profunda falta de respeito com a presidente que está tomando posse e com as autoridades convidadas”. SOLUÇÃO PALIATIVA - Na manhã de hoje Sabino levou a situação enfrentada pelos policiais federais ao delegado José Ernesto de Oliveira Junior, coordenador de Gestão de Pessoal. Ele se comprometeu em ampliar o número de alojamentos destinados aos policiais acabando assim com a superlotação dos quartos. Além disso, a Fenapef solicitou a melhoria da qualidade da aliemntação oferecida aos policiais e também a disponibilização de transporte. "Esperamos que essas medidas sejam adotadas no máximo até esta quinta-feira". Fonte: Agência Fenapef

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais