POLÍCIA FEDERAL
ORGULHO NACIONAL


Legalização, liberação

04/07/2011

Legalização, liberação Nelson Vieira* São palavras da hora, do momento. Vamos legalizar, vamos liberar, é chegada à vez, não iremos perder a oportunidade, pelo menos tentar é possível, parece favorável, vai que passa pelo crivo dos homens, por exemplo, legalizar a proibição de constituir comissões para apurar visíveis e notórios enriquecimentos ilícitos (sem ser sorteado por loteria oficial ou recebido herança), fazendo uso da máquina administrativa, na condição de agente público, na ativa ou afastado, mas em face de ‘‘outros conhecimentos‘‘. Passeatas e carreatas estão na onda, nas grandes cidades. São manifestações que visam mudanças, um direito das pessoas, porém devem ser observados os aspectos que podem advir, positivos ou negativos. Como querer isso ou aquilo, quando nos falta o básico, a infraestrutura. Fica difícil (não impossível) construir um prédio, iniciando a obra pelo telhado. Democracia sim, baixar a guarda é diferente. Às vezes é preciso chegar ao fim do túnel ou do poço. Porque só assim o povo aprende, é o tal de ‘‘pagar para ver‘‘. Não temos espírito contestatório, ainda (há indícios). Leis, nós temos e muito boas se levadas a sério e, aí é que está o problema. A verdade é que: levamos tudo no vai da valsa. Somos pacatos por demais, pacíficos, e disso tiram vantagens os mal intencionados. Até quando vai perdurar esse estado de falta de respeito para com o povo, não sabemos é uma incógnita. Hoje, com o advento da internet, tomamos conhecimento do que ocorre pelo mundo em questão de segundos, então dá para se ter uma ideia, e numa rápida avaliação constatar o quanto pendemos, mais para ser cordeiro do que para sermos mais exigentes por políticas públicas e suas aplicações em benefício da população, com lisura. Fica-se a espera de milagres. Não queremos nada em demasia, queremos o que é justo. Mas predominam os escândalos, as impunidades, aliás, outro dia um magistrado falou em alto e em bom tom que, no Brasil cadeia só existe para os menos favorecidos na esfera econômica, ‘‘os pés de chinelos‘‘. Vai daí que ocorrem desmandos, improbidades, corporativismos, corrupções e etc. e tal. Perguntado a esse mesmo representante do judiciário, se o Brasil tem efetivamente interesse em combater o narcotráfico, em síntese respondeu: ‘‘... no Brasil se faz pajelança...‘‘. Não falemos em segurança, educação, saúde e emprego, porque os senhores estão cansados de ouvir promessas ou juras, mas na pratica a situação está caótica. Faltam-nos os pés firmes no chão! Falamos em democracia, mas nunca a tivemos em sua plenitude. Na teoria o seu enunciado tem uma enorme abrangência, porque é do povo para o povo, onde por princípio todos somos iguais perante a lei. Em contrapartida são exigidos deveres e obrigações, para que tenhamos direitos. No exercício da nossa democracia é isso mesmo que acontece? O amém, ser concordante está enraizado em nós, dá a impressão como já mencionado neste, a necessidade de primeiro ver acontecer para depois tomar providências, ou melhor, isso é raro. Exemplos têm pelo mundo afora de povos insatisfeitos com a condução dos seus destinos, onde cada caso é um caso, isto é, diferentemente um do outro, com suas peculiaridades. Mas, eles não ficam de braços cruzados. Vão à luta. A ‘‘massa‘‘ quando em movimento não é brinquedo não! Não sermos belicosos tem lá a sua vantagem, pois violência gera violência. Todavia, existem várias maneiras de demonstrar descontentamentos ou pleitear conquistas de algo pretendido pela sociedade, com ações argumentativas, encaminhadas e discutidas em fóruns apropriados, para decisão final, por quem de direito. Em resumo, pecamos é no cumprimento das leis, na transparência da aplicabilidade dos atos, na cobrança dos nossos representantes escolhidos (eleitos), para resolver os nossos problemas. Subverter a ordem natural ou querer ser diferente tem seu custo. Cada indivíduo é responsável pelos seus atos, desde que em plena capacidade física e mental. O dia que a credibilidade for a tônica, e tivermos prazer em pagar impostos (dignos), ninguém vai segurar este país. Por outro lado, não devemos confundir liberação (ser livre de certas obrigações) para com libertinagem (ser devasso) ou legalização (autenticação de direitos). *Membro da AMLMS - MI-ARLS-AURORA II-GOBMS - Ger. MKT - Membro da AACLCASTRO ALVES-POA-RS.

O SINPEF/MS defende os direitos dos policiais federais